As armas estão apontadas para tudo o que há.


"Vejo como o tempo passou rápido,
não pude guarda-lo só para mim.
Minhas lágrimas caem suaves pelo rosto, 
querido posso sentir,
o gosto, 
o gosto do arrependimento.

Dance comigo esta noite, 
preciso olhar em seus olhos uma ultima vez,
dizer com meus lábios o que sinto, o que sonhei.

Me sinto aprisionada nesse tempo,
vestígios de um crime foram deixados,
as armas estão apontadas para tudo o que há.
Me vejo perdida, afogando nesse amar.

O caos das estrelas eclodiram no espaço,
me vejo sozinha, tropeçando nesse passo.

O frio alcançou,
no calor de outro casaco que não é o seu.
Me vejo traindo, 
em um beijo de adeus.

Mas você já se foi, 
e mesmo assim outros olhos não são suficiente,
afinal nada preenche,
nada preenche.

Que o tempo acorrente.

Me vejo perdida, sei que você sente,
aquilo que é inexplicável. 

Desabafo.


As armas estão apontadas para tudo o que há.
Se vai me atirar, 
não me faça sonhar.

Se sabe como tudo isso vai acabar,
não me deixe pensar
que seus votos são eternos,
que seus olhos são sinceros.

As armas estão apontadas para tudo o que há.
Aquilo que é 
e aquilo que não é.

As armas estão apontadas para tudo o que há,
e você deu um jeito de fugir sutilmente
como alguém invisível,
lúcido mas louco puramente.

Seu riso de desgosto,
sufocando meu coração,
Seu aperto de mão,
ignorando o que um dia foi ilusão.

Não tema, 
as armas estão apontadas para tudo o que há.
As armas da verdade.
Aquelas que você sabe,
estão ali para te libertar.

Eu vou me levantar, 
e quando eu fizer isso,
vera o rastro do meu andar.

Vou estar bem longe, 
vivendo aquilo que você não queria cultivar."


Menina X






Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Gustavo Stilhano