“Eu me sinto elevada, não a um grau maior que
os outros... Mas no próprio mundo que construí... E na imensidão daquele que
desconheço. Me sinto elevada na condição de não ter mais nada para me agarrar
neste espaço da terra.
Pensei ter ouvido um som que transmitisse uma
contorção de minha alma, pensei ter ouvido o espaço gritar meu nome, um
estrondo me deixar com a sensação de mil anestesias em um instante, em
segundos. Pensei ter ouvido as estrelas cantarem, um som que fez lágrimas se magnetizarem
para longe de meus olhos. Eu pensei ter ouvido a vida chorar... um recém nascido
encontrar sua casa. Um pai encontrar sua
criação novamente.
Em nenhum minuto questionei a vida, ou senti
desejo de questiona-la, eu apenas assenti pacientemente esperando... esperando
ela me mostrar um caminho, que não precisasse de sentido, apenas um caminho
para minhas lágrimas... E que desespero! Onde estou? Para onde vou? Fechei os
olhos enquanto escrevia, senti a terra girar... Eu já estava me aventurando...
Nos palácios da imaginação... Onde eu sei que existe o fim, mas eu me conformei
em existir... Nem que fosse só enquanto a terra terminava seu giro...Nem que
fosse em um segundo, na perfeição que é o tempo... E as estrelas cantaram
novamente... Dizendo... Hora de acordar! O sol já vai surgir! Desvaneci.”