“Eu me sinto elevada, não a um grau maior que os outros... Mas no próprio mundo que construí... E na imensidão daquele que desconheço. Me sinto elevada na condição de não ter mais nada para me agarrar neste espaço da terra.
Pensei ter ouvido um som que transmitisse uma contorção de minha alma, pensei ter ouvido o espaço gritar meu nome, um estrondo me deixar com a sensação de mil anestesias em um instante, em segundos. Pensei ter ouvido as estrelas cantarem, um som que fez lágrimas se magnetizarem para longe de meus olhos. Eu pensei ter ouvido a vida chorar... um recém nascido  encontrar sua casa. Um pai encontrar sua criação novamente.

Em nenhum minuto questionei a vida, ou senti desejo de questiona-la, eu apenas assenti pacientemente esperando... esperando ela me mostrar um caminho, que não precisasse de sentido, apenas um caminho para minhas lágrimas... E que desespero! Onde estou? Para onde vou? Fechei os olhos enquanto escrevia, senti a terra girar... Eu já estava me aventurando... Nos palácios da imaginação... Onde eu sei que existe o fim, mas eu me conformei em existir... Nem que fosse só enquanto a terra terminava seu giro...Nem que fosse em um segundo, na perfeição que é o tempo... E as estrelas cantaram novamente... Dizendo... Hora de acordar! O sol já vai surgir! Desvaneci.” 

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Gustavo Stilhano